Augusto de anjo nada tem
A pedra no caminho que Drummont deixou
Fernando passou e nem notou
Caeiro olhou, mas só viu a flor
Neruda questionou:
Que seria do Alves sem a praça que lotou no carnaval
Poesia que o povo cantou
Bandeira, só deu bandeira
Poe, "poeta louco americano"
Já dizia Belchior, poeta, cantador nordestino
Dos Firminos, Josés, Bastiãos
O elo do sertão e mar; Elomar: sertanez
Dos causos e revezes da história
Geni, não a do Chico
A nossa, daqui, sulbaiana, poetisa da memória
E Glória, que viaja nas idéias fantasiosas
Marley, Aldo, Valmir, Daniela
Tantos outros a sonhar o sonho possível de realizar
Os versos e trovas rimados vêm do ar – Azulão
Do chão – Minelvino
O amor é cantado, cadê Caê?
O ritmo é dado sem parar – cadê Sabará?
As noites, a poesia é cantada
Pelas praças, bares, mares afins
Vozes sem rosto e sem identidade se revezam
Alegrando o bom e o mau humor da humanidade
A poesia existe porque os desencontros são constantes
Porque a dor é eminente
E o amor é evidente.
Jaffet OrnellasS/2002
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