sexta-feira, 28 de outubro de 2011

POETISANDO O POETA

clip_image001POETISANDO O POETA

Augusto de anjo nada tem

A pedra no caminho que Drummont deixou

Fernando passou e nem notou

Caeiro olhou, mas só viu a flor

Neruda questionou:

Que seria do Alves sem a praça que lotou no carnaval

Poesia que o povo cantou

Bandeira, só deu bandeira

Poe, "poeta louco americano"

Já dizia Belchior, poeta, cantador nordestino

Dos Firminos, Josés, Bastiãos

O elo do sertão e mar; Elomar: sertanez

Dos causos e revezes da história

Geni, não a do Chico

A nossa, daqui, sulbaiana, poetisa da memória

E Glória, que viaja nas idéias fantasiosas

Marley, Aldo, Valmir, Daniela

Tantos outros a sonhar o sonho possível de realizar

Os versos e trovas rimados vêm do ar – Azulão

Do chão – Minelvino

O amor é cantado, cadê Caê?

O ritmo é dado sem parar – cadê Sabará?

As noites, a poesia é cantada

Pelas praças, bares, mares afins

Vozes sem rosto e sem identidade se revezam

Alegrando o bom e o mau humor da humanidade

A poesia existe porque os desencontros são constantes

Porque a dor é eminente

E o amor é evidente.

Jaffet OrnellasS/2002

0 comentários:

Postar um comentário