Um grito inaudível!
Lá vem... desfilando...
na passarela do tempo
taciturno e absorto
chagado no transcurso da história.
Mesmo marcado pelo abandono
ainda assim
continua imponente!
Braços longos e carinhosos
abraçando a todos...
que têm como instrumento de ofício
a tarrafa, a rede e o gereré...
No seu silêncio
comunica e pede socorro!...
Grita!... Grita alto!... Grita forte!...
O seu grito é inaudível!
Ele segue... Segue com a face triste!...
Abraçado por garças e biguás
Vai amado Rio!...
Amado Cachoeira!
Vai banhar-se nas águas do oceano.
Vai amenizar as suas mágoas
porque os homens só discursam...
e exigem de ti, uma pose
para as suas fotografias
em três dimensão!
Jorge Oliveira
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